Helter Skelter

O título deste post poderia ser "A Hard Day's Night", mas não se trata de uma noite só e sim de um fim de semana, no mínimo... Poderia ser também "Sunday Morning" de acordo com meu corpo, já que os resultados das últimas noites me fizeram tomar uns 3 dorflex e algumas doses de Novalgina.

A verdade é que no meu lento movimento de sair da toca, abusei bastante de quarta pra cá e ainda passei mal a sexta-feira toda (provavelmente algum tipo de virose ou coisa do gênero). Para um adolescente não seria nada de mais, mas a idade pesa um bocado. Somando minha completa e total inatividade dos últimos meses, meu corpo sentiu bastante. Faz tempo desde a última vez que ele foi submetido ao uso de saltos altos, a manter-se desperto até as seis da manhã, a movimentos de dança frenéticos e principalmente a briga físíca com direito a chutes e socos.

Acabou de me ocorrer que o título mais adequado seria "Pé na porta e Soco na cara".

Quarta fui no show do Zéu Britto, que claro, foi maravilhoso. Quase chegamos (eu e meu irmão) atrasados, mas valeu a pena o bom e velho yakisoba do chinês na esquina antes de partir pra Lapa, apesar do show contar com uma janta para os convivas (uma mesa de Caruru com garçonetes vestidas de baiana, no maior capricho). Comidinhas a parte, me diverti muito e cheguei a gravar trechos do show no celular, pena que o áudio ficou uma bosta graças a minha "inteligência" - gravei tudo com a minha mão tapando a entrada do microfone... Genial, né?

Quinta e sexta fiquei por conta do projeto e do mal estar que me abateu, ainda sem explicação, e da viagem do meu irmão pra SP. Sábado era dia de cinema e jantar com amigos, mas o rolo de sempre e a lerdeza de certas pessoas (né, tato?) me fizeram decidir pela Starfuckers (Psicodélika included) na última hora, depois de quase um ano sem colocar os pés no Cine Lapa.

A noitada foi boa, cumpri minha missão de ajudar minha melhor amiga (não sei se vou pro céu, mas garanti uma senha do open bar lá embaixo) e quando estava no banheiro feminino me recompondo, eis que invadem 3 caras saindo no tapa (ou melhor, soco, por que macho que é macho não sai no tapa) e claro que toda mulherada saiu correndo e berrando.
Lenta como sou e bêbada como estava, acabei ficando encurralada entre a pia e a porta do sanitário, meio sem ter pra onde ir e no meio da briga, literalmente, já que um dos "machos" se escondeu atrás de mim.
A bebida geralmente faz com que as pessoas se sintam corajosas, no meu caso me fez perder a noção do perigo: Apesar da adrenalina ter cortado o porre na hora, acabei enfrentando os outros dois que tavam na minha frente, que prontamente me deram um soco no ombro. Sabe-se lá deus como (cachaça explica) me deu um lampejo de rapidez e reparei que um deles usava um óculos pra lá de caro (provavelmente Armani), ou seja, fiz a Pai Mei total e arranquei o óculos do indivíduo, ameaçando quebrá-lo. Funcionou! O "macho" nº 2 recuou e começou a chorar "meu óculos não! meu óculos não!".

Até agora eu não sei direito por que fiz isso nem se conseguiria repetir o gesto, correndo o risco de levar uma senhora porrada na cara, mas todo mundo saiu ileso da confusão e os caras foram expulsos da festa. Adouro esses "machos" que se acham e chegam arrumando briginha e depois que a merda aperta correm pro banheiro feminino!

Nessas horas dou graças a deus de não ser uma supermodel com 45 Kgs. Pra alguma coisa eu tinha que servir...

Mas o ombro ainda tá doendo e um bocado, juntando com outras partes do corpo que sucumbiram ao cansaço, eu tô um caco. Juntando os pedacinhos que sobraram, vou me arrastando semana adentro pra cumprir uma rotina cada vez mais corrida e tentando arrumar um jeito de ir a maratona do Festival do Rio de qualquer jeito. Ainda não consegui ver um filmezinho sequer, mas depois conto os detalhes.

Vou ficando por aqui, mas sobre a faixa-título do post... hum... deixa pra lá.

Foi coisa de uma criança abusada, mas meio que grudou feio na minha cabeça, passei os últimos dias cantarolando...