13.2.09

No Line on The Horizon

Enquanto escrevo estou ouvindo a segunda faixa (na verdade a primeira na tracklist do cd) a vazar na internet do novo album do U2 - a faixa título "No Line on the Horizon".

O que eu posso dizer? Bem, por questões óbvias de internet, pode ser uma faixa ainda não remixada (aqui o link do torrent, pra quem quiser - é verdadeiro), mas parece boa. E isso não é bom.

Desde que ouvi a primeira faixa/single "Get your Boots On" ainda não consegui dizer se vou gostar ou não do disco todo, e NLOTH só piorou a confusão por ser completamente diferente de GYBO.

Medo.

Ouvi falarem bastante sobre a declaração oficial de que o album remeteria ao revolucionário Achtung, Baby! e acho sinceramente que a banda não falou de estilo sonoro e sim de resetar as influências como fizeram da transição Joshua Tree/Rattle and Run para Achtung, Baby!.

Nesse aspecto, sim, parece que a maioria das influências anteriores foi reformulada: Quebrei minha cabeça pra tentar lembrar de onde vinha a sensação de "gente, isso parece __________" que GYBO me trouxe (até por que U2 não é Coldplay e sabe muito bem a diferença entre influência e plágio), até me lembrar de Foo Fighters (principalmente de One By One em diante) - principalmente pela maneira do Bono cantar - misturado a algo que eu ainda não consegui identificar com certeza, mas me lembra muito Love and Rockets (ouça ou assita "So Alive" e "No New Tale to Tell" para maiores esclarecimentos) - por questões de letra e ambientação.

A impressão geral que ficou foi que o encontro entre U2 e Green Day levou titio Bono & Cia a ouvir um pouco da produção atual de Rock da geração Seattle, o que obviamente cai no produtor/baterista/vocalista/compositor/arroz de festa David Grohl (sim, eu ainda o amo, mas ele realmente é arroz de festa). Já a influência do Love andRockets eu sinceramente não tenho certeza, mas até dando uma olhada no clipe de "Ball of Confusion" deu pra notar uma certa semelhança com o design das fotos de divulgação de GYBO, mesmo que meio de longe.


Posso ter viajado um pouco, por isso fiquei na minha esperando um pouco mais do Cd pra sair falando algo.

Então me ferrei.

NLOTH nada tem a ver com sua companheira de disco, parece mais crua e um pouco mais "americanizada" - remetendo aos albuns "U2 loves/eats USA" que eles já fizeram antes. Aliás isso não é nem um pouco ruim, já que toda vez que o U2 deglute os EUA, no melhor estilo antropofágico, sempre sai algo bom. Ainda também não consegui identificar o que influenciou essa música mas pelo menos cheguei a três conclusões:

1- De forma alguma esse álbum é sobra de estudio de How to Dismatle an Atomic Bomb. Nem fudendo. (sorry, Dan) Inclusive parece que é o que o All That You Can Live Behind poderia ter sido e não foi.
2- Parece que eles realmente voltaram a beber na fonte americana, o que me diz que teremos muitos B-sides bons pra caralho, principalmente se as influências mais diretas forem descartadas e jogadas nos singles. Claro que as fontes não são as mesmas do final da década de 80, mas o lance do Katrina pode ter muito a ver com essa volta aos EUA, musicalmente.
3- Vai ser um disco irregular e difícil de engolir, muito provavelmente. Mas cabe ressaltar que tudo isso ainda tem a assinatura do U2. Não adianta, eles pode gravar Polca e vai continuar a ser U2.

De qualquer forma tenho que ouvir o resto pra formar uma opinião concreta. Infelizmente, como eu já disse antes, The Killers tá ganhando com folga.

Só resta esperar...

2 comentários:

Daniel Cassus disse...

eu não falei que o NLOTH parece sobra de estúdio. falei que o single GOYB é que parece sobra do Atomic bomb. a música ficou com um ar meio inacabado e achei sem fôlego nenhum.

eu também interpretei as declarações sobre o Achtung Baby igual a você. que esse álbum seria uma mudança no rumo deles, igual ao AB em relação ao Joshua Tree/Rattle&hum. Mas não sei. A julgar pelo 1o single, parece que eles tentaram dar o mesmo salto, mas caíram no precipício no meio do caminho igual ao coiote da Warner.
Mas eu também não ouvi mais nada do cd e espero, wholeheartedly, que o resto do álbum seja MESMO diferente do 1o single.

já que você falou em influência de Seattle e Green Day, a gente fica pensando então porque eles jogaram fora tudo que gravaram com o Rick Rubin?

Também estou aguardando ansiosamente NLOTH.

Bjs

Daniel Cassus disse...

http://u2mofo.com/NoLineOnTheHorizonPreview.mp3

eu sinto um álbum ÓTIMO aqui (exceto pela GOYB que se destaca para pior)