5.4.09

The Day The World Went Away

Licença para liberar meu ladinho nerd? Só um pouquinho?
Apertem os cintos: teremos um post longo.

Há dois anos atrás, não teria tanto pudor em comentar algo relativo ao universo da ficção científica, já que ajudava a saciar a curiosidade de 35 mil pessoas em um cantinho escuso da internet, mas a experiência dita que a pior coisa possível é ver uma série, seja televisiva ou cinematográfica, morrer da noite pro dia por cagadas infames.

Passei então a me abster de comentar e até de assistir, boa parte por perda quase total e teoricamente irreversível de tesão em nerdices sci-fi (os fatores foram muitos, de midi-clorians a irlandesas esquecidas em campos de concentração, passando por 2 ex-bofes trekkers e minha necessidade de arrumar um emprego).

Salvo uma ou outra coisa, passei longe de quaisquer discussões (segunda atividade favorita de nerds¹) sobre: a) universos paralelos, b) mitologias de séries, c) tramas e sub-tramas alternativas e d) teorias sobre aplicações de ficção a realidade (ex: "blablabla... por que os terminators não usam as Leis de Asimov?.... blablabla".

Gossip girl (ou Sex and the City) com café e cigarros, True Blood para umidificar [ /Katylene] e The Big Bang Theory para rir de mim mesma. E só.

However, comecei a assistir Terminator: The Sarah Connor Chronicles por insistência do meu irmão (constante oponente na atividade nerd supracitada) e confesso que logo de cara, apesar das boas intenções da série (insira uma citação de Dante Alghieri aqui), não me empolguei muito.

A série de filmes The Terminator todo mundo conhece - Arnold Schwarzenegger é mau, que nem o pica-pau, corre atrás de um garotinho chamado John Connor, que tem uma mãe mega-maromba chamada Sarah Connor, que acha que pariu o salvador do mundo contra os tios Arnolds de metal. O primeiro Exterminador é muito, muito mal, O segundo é bonzinho e tem frases bacanas ("Hasta la vista, Baby!") mas morre ao enfrentar um cara muito mais malvado que derrete, ao som de Guns n' Roses. Até esse ponto eu era fã - dos robôs, do Guns, da Sarah Connor, do Edward Furlong (eu tinha 11 anos em 92!), do cara que derretia e até do Tio Arnold, tirando uma calibre 12 de dentro da caixa de flores.

- Intaum, sou eu que salvo u mundo. Sacou?

Tudo ia bem no maravilhoso universo de James "Titanic" Cameron, até que ele encheu o rabo de dinheiro com o navio, deu um pé na bunda da Linda Hamilton (depois da pobre coitada malhar horrores pra fazer Sarah Connor em Exterminador 2), colocou a Jessica Alba no mundo e resolveu abandonar o barco da produção-direção de Exterminador 3.

Resultado: Merda.

Para ilustrar o tamanho da frustração, eu só vi o filme quando passou na Tela Quente, e mesmo assim me arrependi. Connor mãe morta, Connor filho babaca e Tio Arnold já tava quase passando a The Terminator a The Governator. Única coisa que presta no filme é a cena final, que realmente encerrou bem a trilogia. Tá bom assim?


- Tipos, nem consegui salvar o mundo naum, valew?
- Percebi.


Claro que não! De onde sai um milhão podem sair dois, certo? E Tome Série de Tv!

Nesse ponto obviamente meu saco era zero, mas a série, apesar de ser dita "independente da sequência de filmes" é muito boa e conseguiu, mesmo com atores relativamente diferentes dos originais (Sarah Connor que o diga), melhorar a toque de caixa todas as cagadas do filme 3. Não vou entrar em detalhes, senão o post fica quilométrico, mas basta dizer que não perco nenhum episódio nem chovendo canivete. Shirley "Garbage" Manson de T-1000:

- Derretendo sem perder o topete, tah?

Eis que então, resolveram fazer o filme 4 - Terminator: Salvation - e eu, no embalo da série me empolguei um pouco com a possibilidade de ver um filme salvar seus antecessores (também senti essa vibe em Matrix 3... Depois comprei um adesivo de carro "Eu acredito em Trailers e Duendes".) Até agora tô no aguardo, mas tirando os pitis do Christian Bale, o Trailer realmente é de babar:




Ainda tenho dúvidas com relação ao diretor McG ("Panteras 1 & 2"... ouch!) e suas declarações de que o filme retoma o 3 sem considerar a série (o que é mentira, visto que os episódios estão em sintonia direta com o roteiro). Não vou nem de longe comentar os pormenores disso², prefiro mostrar de boa vontade uma pequena curiosidade que me estimulou um pouco - o viral do filme.

Para o lançamento, Terminator: Salvation entrou na modinha atual e criou um site para a Skynet e um blog para a Resistência sendo que, caso você se cadastre no primeiro além de ajudar a destruir a humanidade, ganha um aparelinho de brinde!





Por enquanto ele não faz absolutamente nada além de acender umas luzinhas coloridas, mas até a data de estréia do filme, outros modelos podem ser lançados. Curiosamente é a primeira ação viral que permite interação com os vilões do filme. Quem quiser ver as luzes coloridinhas, acesse aqui.

Prefiro seguir ouvindo a faixa-título deste post, canção do NIN que aparece no trailer, enquanto espero o lançamento do filme.



Notas:
1 - A primeira gera pêlos na mão, segundo as lendas.
2 - Daria um post maior que "Guerra e Paz" de Tolstói.

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