Smoke on The Water

Esse post poderia ser um post de 1º de abril, mas não é. Juro.
Esse post também poderia ser um post bíblico, mas não é. Acho.

Quem vive no Hell de... ops, Rio de Janeiro sabe que hoje choveu até não poder mais, causando alagamentos em vários pontos da cidade [ /RJTV]. Ok, estamos acostumados a viver numa cidade que não é preparada pra chuva (nem rala, nem fina, quanto mais torrencial) e por pior que pareça, alagamento já faz parte da rotina.

Mas graças ao DHI* da minha faculdade, fui forçada a fazer o trajeto méier - centro - méier duas vezes hoje. Com água na canela.

Não vou detalhar a primeira, mas basta dizer que rolou um momento "carro passa e me deixa molhada até o cigarro" na porta da faculdade, onde eu havia chegado quase seca.

Na segunda viagem, já tava preparada pro pior, mas rolou o alívio de chegar na Uruguaiana e constatar que não chovia mais por lá (por volta das 19 hrs) e conseguir assistir aula com a esperança de chegar com as calças secas em casa. Até a simpática professora de Medieval interromper a dinâmica de interpretação de mapas estilo "escravos de jó" (por volta das 21 hrs) meigamente anunciando:

"- Olha gente, para nesse mapa e vamos embora por que parece que há um pequeno incêndio na Pacheco da Uruguaiana e se vocês não saírem agora, podem demorar pra chegar em casa. Ainda não sei o que houve... Nem dá pra ver direito..."

[olhadinha marota pela janela]

"Ih, dá sim!"

O que se seguiu foi um momento "Correeeeeeeeeeeeee Putaaaaaaaaaaaadaaaaaaaaaaaaa!" [ /Hermanoteu] onde metade correu pra janela, outra metade empacotou o que tinha e voou pela porta (esta que vos fala included - Ferris Buller pride) para ver o que estava acontecendo e realmente, a coisa tava feia.

Ignorem o fato de que meu celular é de pobre:

Primeira impressão


Constatação


Momento da Explosão - Visto da Presidente Vargas
(sim, eu já estava indo embora)

Só em casa soube que possivelmente três pessoas estavam presas lá dentro. Como essa parte (e quase todo) do centro da cidade é tomado por construções antigas com estruturas de madeira, não era seguro ficar por ali, mesmo que a faculdade fique a um quarteirão de distância. Ainda mais com a proximidade do camelódromo, que volta e meia pega fogo.

Quando entrei no ônibus, ironicamente não estava chovendo... Até a Maracanã...

E tome água até o Méier. Na ponta do lápis, 1 hora e quarenta minutos de enchente contínua. Com direito a uma Towner tombada no Lins.

Não consegui tirar foto da Towner, mas bati algumas fotinhos do momento "olha, olha a onda" :


Moral da história: Duas enchentes, um incêndio. Se passar uma van com um motorista chamado Noé, eu pulo dentro.

Desde que não seja uma Towner.

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* DHI - Departamento de Horários Infelizes