26.1.11

The Last Song


Olá!

Sentiram falta dos posts de fim de ano e da retrospectiva de imagens? Pois é... Ainda não fiz. O motivo na verdade é bem simples: 2011 ainda não começou pra mim.

2010 foi um ano de correr: com prazos, com pendências, contra o tempo e, muitas vezes, correr de um lado para o outro rumo a lugar nenhum.

Porém antes que o ano acabasse eu sofri um baque maior do que esperava, daqueles que você não sente o golpe imediatamente, mas vai minando suas resistências de dentro pra fora.
Me iludi temporariamente dizendo que não tinha mais crédito emocional para me ocupar disso e que teria que seguir em frente com as tarefas importantes. Dei sorte por que os prazos simplesmente sumiram do horizonte e teoricamente não estou perdida. Ainda.

Só que na verdade o lado prático não ocupou o espaço emocional e eu simplesmente travei: cai doente, perdi datas, não cumpri absolutamente nada e caí doente novamente. Minha vida entrou em um estado semi-letárgico onde eu faço milhares de pequenas ações cotidianas que não produzem resultado algum. Continuo não gerando PIB e nem sequer resolvi o meu maior problema.

O golpe foi lento, porém chegou na borda do copo -  E hoje transbordou.
Em tempo: me considero uma pessoa "pavio longo": demoro a me irritar com algo, geralmente muito tempo, e acabo relevando e reclamando só um pouco. Raro são os casos onde a pessoa consegue realmente me tirar do sério. Ou pelo menos eram até bem pouco tempo atrás... 

Para quem acompanhou o ano de 2010 comigo, percebeu que minha irritação aumentou um bocado. Pode ser creditado à idade, ao stress da vida adulta, às pendências que nem sempre consigo resolver e até mesmo à minha constante procrastinação e enrolação (vide post anterior). De qualquer forma a culpa sempre foi minha mesmo, por me colocar em situações das quais depois não consigo me livrar.

Aliás, todos esses temas citados até agora formaram a tônica constante de 2010 e desse blog. Então o que mudou? 

Tive que procurar no google o tal Modelo de Kübler-Ross, aquele famoso dos 5 estágios da dor, para perceber que não passei por nenhum deles e talvez nunca passe. A perda que sofri não foi uma morte, não foi drástica e repentina. Foi, antes de tudo, um processo que já dura há pelo menos 4 ou 5 anos.

Aliás processo de mudança é uma coisa que não falta na minha vida, né? Seria isso envelhecer?

Mas o copo transbordou não por conta da raiva, que foi sentida há mais de 2 meses atrás, e sim por que finalmente fechei o que faltava nesse assunto. Ainda não apresentei os resultados, mas finalmente cheguei a conclusões. E finalmente senti todo o impacto da dor que estava deliberadamente disfarçando. Já tinha dado pistas por aqui e conversado com uma ou outra pessoa, mas hoje realmente foi a gota d'água.

EDIT: Este post foi editado por inúmeras questões, mas dentre elas o fato de que, pra minha surpresa, muita gente mandou e-mails, telefonou ou deixou replies preocupados com o meu estado. Agradeço a preocupação de todos, mas o objetivo do post era justamente por um ponto final no assunto. Era só um monólogo no meio da madrugada.

Não era minha intenção preocupar nem magoar ninguém, simplesmente precisava desabafar sem ter que repetir mil vezes a mesma história. Mas obrigada a todos que se preocuparam.

A versão original foi arquivada. ;)




Made my peace and now I'm through
This is the last song... that I will dedicate to you

Um comentário:

Daniel Cassus disse...

:(
me manda email! quero saber e ajudar. please!